domingo, novembro 16, 2008


Rafal Bednarz

Venho rendida,
Já não apaixonada, amor,
A paixão com a persistência
Deixou de queimar,
Como a dor com a persistência
Se deixa de sentir.
Agora venho rendida e calma,
Igual e mansa,
Sem marés vivas
Nem dias de levante,
Sou uma esperança constante,
Uma constante desesperada,
Só, sempre sozinha
Pelos mornos areais alaranjados
Onde ondas poentes
Se quebram em alvura.
Só, sempre pensando em ti,
Tentando não pensar,
Descer ao profundo do mar,
Revolver em mim o universo
Novo infinitamente;
Mas tu vens mais forte que o mar,
Mais forte do que eu,
E em vão tento convencer-me
Que não és,
Que não passas de abstracto desejo,
Sentimento incompleto,
Sem poder condensar-se.

Teresa Balté

2 Comments:

Blogger Raquel Branco (Putty Cat) said...

belíssimo!

15 junho, 2009 14:24  
Blogger 1000GRAUZ said...

dpois d mil derrotas intimas eis me aki p o amor

17 dezembro, 2013 05:30  

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